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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

NEIDE COLETTE BRUNO

 

Biografia originalmente publicada em 1977:

 

Nasceu em Três Lagoas, Estado de Mato Grosso, Brasil, num dia 22 de setembro.
Filha de Luiz Colette e Maria José Colette. Casada com o engenheiro  Leonel Bruno, tem duas filhas: Bettina e Beatrice.

Exerceu a função de professora primária durante seis anos, em Três Lagoas, e foi diretora da Escola Municipal. Professora de Psicologia, formada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, em Bauru (SP).
Colabora com o jornal da Faculdade, onde publica crônicas e poesias.
É pintora e está organizando um livro de poesias e crônicas, intitulado “O Último Crepúsculo”.

Reside em Baurú, Estado de São Paulo.

 

*

ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL.  2º. VOLUME.    Organização de Aparício Fernandes.  Capa  de Ney Damasceno.  Rio de Janeiro: Folha Carioca Editora Ltda., 1977.  496 p. 

Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

 [Selecionamos os seguintes poemas]

        

 

UM POEMA DE AMOR

 

Eu queria escrever um poema,
um poema de amor...
Pego a folha...  o lápis,
vou começar:
Apertam a campainha.

 

— Ih, um mendigo!
(E ainda mostra a ferida!)
Quer comer alguma coisa!
Agradece com os olhos,
pois com a boca come o pão!

 

Eu queria escrever um poema,
um poema de amor...
Agora sim,.já dá...
— Puxa, como é tarde!
— O relógio vou acertar,
para amanhã despertar.

Volto ao poema...
Acho que aqui não dá.
(Vou à varanda.)
Na rua, um bando de crianças
me sorriem, e eu lhes sorrio
(e me distraio).

Ouço... a notícia no jornal
— Guerra na Angola...
milhares de mortos!—
me revolta, me deprime,
e eu querendo escrever um poema,
um poema de amor.

Mas ainda vou tentar.
Eis que me chamam minhas filhinhas:
— Mamãe, está na hora da gente rezar!
Está bem!
—Anjinho de Deus...
E nos rostinhos adormecidos,
penso no dia em que nasceram...
E, neste momento, compreendi:
— que no pão do mendigo,
— no acertar dos ponteiros,
— no sorriso das crianças,
— na revolta contra o ódio,
e sobretudo...
na concepção de minhas filhas...
eu escrevi um poema,
um poema de amor!



DESEQUILÍBRIO

 

A luta é estabelecida
no âmago do meu eu...
desequilíbrio de potenciais
de forças que se devoram
— incongruência
do id Freudiano
dos meus impulsos
pedindo o teu amor
e de outro lado
o superego impiedoso
me gritando
de segundo em segundo
não, não, não.
Talvez eu seja mais animal que razão.
O impulso venceu,
te amei outra vez. 

 

 

NO MEU CAMINHO

No meu caminho seu encontrei tanta gente...
gente que ensinei, gente que aprendi.
Gente correndo sem saber por que nem pra onde,
e gente parada, cúmplice do vício e da inércia.

Muita gente bacana...
que fala bonito...
dos problemas sociais, racismo, liberdade,
quando são escravas do seu próprio egoísmo e
/hipocrisia.

Também encontrei gente muito GENTE,
cuja vida é um sacerdócio silencioso
de humildade e resignação.
Gente que cura, gente que fere,
que mendiga, que desperdiça.
Gente tratada como cachorro
e cachorro tratado como gente.
No meu caminho eu encontrei
gente tendo tanto que dar
e gente não podendo receber
porque o seu mundo já está completo
com a própria imagem.
E gente tão pequenina...
mas capaz de nos ensinar uma ternura imensa,
gente-criança.
E gente grande, com vergonha de brincar e amar,
se transformando numa enorme massa mumificada.

Gente que ficou muito e deixou pouco,
e gente que passou tão depressa
mas deixou as pegadas de sua passagem
porque representam sabedoria e verdade.

No meu caminho...
eu encontrei tanta gente
que transporta amor
ou transforma em guerra,
gente que encanta,
gente que espanta!

 

*

 

 

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Página publicada em março de 2021


 

 

 
 
 
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